quarta-feira, 25 de junho de 2008

Era pra ser um anagrama

Olha sereno,
Eu sei que o ponto é sem nó, mas o ponto é que esse nó não desata.
Sereno, eu entendo que a chuva é fina e a fineza é de graça, mas é sem graça e, sabemos, é só.

E se o sereno esfria e se a chuva aperta, de perto fica ainda mais certo.
Seja sereno, calmo, porque se se percebe a respiração, passa.

O mundo é gazeta, é gazela e é tombola. Na tombola ele gira, de noite e de dia. E se de dia e noite é tombola, a respiração faz girar. Primeiro forte, depois calmo, sereno.

Olha sereno, não se apresse. Saiba que o certo nem de perto é seguro, não tem precisão. Eu sei do apelo e do seu apreço

E eles verão, de certo, que a Graça é delicada, é fina e que o entendimento é sereno.
Eu sei é que no final das contas o ponto se trata de nós. O ponto dos nós. O nó dos pontos. Que não desata.
Sereno, olha!

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