Desde o começo do semestre eu fiquei ouvindo falar sobre "Tropa de Elite". A princípio eu não queria ver, pensava: "mais um 'Cidade de Deus', ou pior, 'Carandiru', eca, to fora!". Mas as conversas sobre o filme foram se tornando mais e mais freqüentes, e-mails circulando, matérias nas TVs e nos jornais, posts em blogs (shshsh), manifestações contra e a favor, não consegui ficar de fora. Vi o maldito filme.
A última vez que vi tamanha comoção foi quando estreou "Paixão de Cristo". Ora, lembro até do nosso Leão de Judá paranaense, Inri Cristo, indo até o programa do Ratinho pra avisar ao Brasil que o filme era meio exagerado, que Ele não havia sofrido tanto. Ah, e aproveitou pra dizer que sinuca é um ótimo esporte, exercita o corpo e a mente.
Pois bem, assim como na época do filme do Gibson, eu pensava em ver película e depois comentar num blog, deixando meus dois centavos sobre o assunto. Só que na época o blog era o Pedante, e hoje é o Corona... O tempo muda as coisas, sim...
Pois bem, assim como na época do Pedante, mudei de idéia e resolvi não dizer nada. Já existem muitos textos por aí, na net e fora dela, sobre o assunto. Tem o do Barbi aí em baixo que tá bem legal, acho que o mundo não precisa de mais tinta sobre esse filme que nem é tão violento, nem tão revoltante, nem tão ruim, nem tão bom assim.
Preferia pensar sobre como surgem fenômenos como esses filmes, como a ovelha Dolly, como os Jogos Pan-Americanos no Rio, como a Katilce... Como é que certas coisas de uma hora pra outra viram conversa obrigatória em tudo quanto é canto, ao passo que outras coisas muito similares passam completamente despercebidas: filmes possivelmente mais polêmicos, descobertas científicas espantosas (como os porcos que brilham, ou bactérias marcianas), Copa América, ou outras cobaias mais engraçadas da internet.
Não adianta vir falar que é a Rede Globo e blábláblá, Tropa de Elite e Katilce, p. ex., tiveram pouco ou nada a ver com a grande mídia. São fenômenos comunicativos muito mais complexos, ao meu ver bem distantes do modelo audiência-inocente-é-manipulada-pelo-capitalismo-todo-poderoso. São modos de expansão das palavras e das idéias pela imitação e diferenciação no tète-à-tète, boca-a-boca ou peer-to-peer que parecem escapar de qualquer forma de explicação lógica. A não ser via teoria do caos. Tipo metereologia: se um bater de asas de borboleta no Sudão provoca uma tempestade na China, talvez uma conversa num boteco da Afonso Pena possa ocasionar uma avalanche de scraps num myspace gringo que nenhum brasileiro jamais visitou.
Bueno, não vou conseguir desenvolver mais o assunto. Só sei que ultimamente ando com mais vontade de escrever sobre assuntos potencialmente polêmicos que não estão sendo discutidos por aí do que sobre assuntos em ebulição. Deve ser medo/preguiça de entrar em qualquer tipo de discussão séria.
A última vez que vi tamanha comoção foi quando estreou "Paixão de Cristo". Ora, lembro até do nosso Leão de Judá paranaense, Inri Cristo, indo até o programa do Ratinho pra avisar ao Brasil que o filme era meio exagerado, que Ele não havia sofrido tanto. Ah, e aproveitou pra dizer que sinuca é um ótimo esporte, exercita o corpo e a mente.
Pois bem, assim como na época do filme do Gibson, eu pensava em ver película e depois comentar num blog, deixando meus dois centavos sobre o assunto. Só que na época o blog era o Pedante, e hoje é o Corona... O tempo muda as coisas, sim...
Pois bem, assim como na época do Pedante, mudei de idéia e resolvi não dizer nada. Já existem muitos textos por aí, na net e fora dela, sobre o assunto. Tem o do Barbi aí em baixo que tá bem legal, acho que o mundo não precisa de mais tinta sobre esse filme que nem é tão violento, nem tão revoltante, nem tão ruim, nem tão bom assim.
Preferia pensar sobre como surgem fenômenos como esses filmes, como a ovelha Dolly, como os Jogos Pan-Americanos no Rio, como a Katilce... Como é que certas coisas de uma hora pra outra viram conversa obrigatória em tudo quanto é canto, ao passo que outras coisas muito similares passam completamente despercebidas: filmes possivelmente mais polêmicos, descobertas científicas espantosas (como os porcos que brilham, ou bactérias marcianas), Copa América, ou outras cobaias mais engraçadas da internet.
Não adianta vir falar que é a Rede Globo e blábláblá, Tropa de Elite e Katilce, p. ex., tiveram pouco ou nada a ver com a grande mídia. São fenômenos comunicativos muito mais complexos, ao meu ver bem distantes do modelo audiência-inocente-é-manipulada-pelo-capitalismo-todo-poderoso. São modos de expansão das palavras e das idéias pela imitação e diferenciação no tète-à-tète, boca-a-boca ou peer-to-peer que parecem escapar de qualquer forma de explicação lógica. A não ser via teoria do caos. Tipo metereologia: se um bater de asas de borboleta no Sudão provoca uma tempestade na China, talvez uma conversa num boteco da Afonso Pena possa ocasionar uma avalanche de scraps num myspace gringo que nenhum brasileiro jamais visitou.
Bueno, não vou conseguir desenvolver mais o assunto. Só sei que ultimamente ando com mais vontade de escrever sobre assuntos potencialmente polêmicos que não estão sendo discutidos por aí do que sobre assuntos em ebulição. Deve ser medo/preguiça de entrar em qualquer tipo de discussão séria.
4 comentários:
"Tipo metereologia: se um bater de asas de borboleta no Sudão provoca uma tempestade na China, talvez uma conversa num boteco da Afonso Pena possa ocasionar uma avalanche de scraps num myspace gringo que nenhum brasileiro jamais visitou."
Tenho CERTEZA que algo assim acontece!
No mais, acho que você devia dar uma expandida nesse texto, ou voltar ao assunto. Eu curti!
Também é um assunto que me interessa... De repente a gente faz uma pequena sessão de textos com as nossas impressões sobre o assunto.
"...descobertas científicas espantosas (como os porcos que brilham, ou bactérias marcianas)"
Vocês não acham esses porcos fluorescentes uma coisa muito absurda? Tipo, parece extraído de um jornal científico dos Simpsons, ou coisa do gênero.
Nem acho.
Tipo, já rolou aquele rato com uma orelha humana nas costas, outro rato fluorescente, a cabra cujo leite era feito de algo como teia de aranha...
Esse porco aí pelo menos eu posso comer e cagar brilhante.
Postar um comentário